A Mão que Governa as Nações

 

    Terceira história terminada, depois de Relógio das Ilusões e Sangue Novo, e a segunda a virar livro. Muita coisa aconteceu no trajeto de mais de 10 anos, desde escolha e mudança de nomes de personagens, passando por cenários e nome da obra em si. 

    No início, o título seria Terra da Davi e se passaria em um universo de fantasia. Até ai nada de mais, exceto que conforme avançava na escrita ela ganhou contornos mais realistas, no sentido do mundo que vivemos, sem o aspecto fantástico. Por fim, nem mesmo existia um personagem chamado Davi (escolhi o nome apenas porque "soava bem"). 
    
    O segundo título pensado foi O Meteoro do Poder. Nessa época, o enredo girava entorno de um artefato com grandes poderes que teria vindo do espaço. O tal artefato não era um meteoro, embora nos primeiros capítulos aqueles que testemunharam a queda do objeto o descreveram dessa forma. Mesmo tendo alguma coerência, esse título não vingou e hoje está com o nome decisivo. A Mão que Governa as Nações, esse sim fazia jus ao nome. O tal artefato era a estatueta de uma mão deformada que tornava seu portador invencível. E fiz um paralelo com figuras histórias reais que acumularam grandes poderes graças ao artefato. Em  janeiro de 2012 cheguei a fazer um vídeo curtinho sobre o livro, que dava mais ou menos ideia do que se tratava a trama. Ia ser postado num canal no youtube, mas o projeto acabou não vingando.






    Trazendo a história para o nosso mundo, o passo seguinte foi a escolha de cenário. E como muito escritor novato, pensei em ambientar no exterior, China ou EUA. No caso da China, seria num vilarejo afastado da cidade. Pois bem, os problemas começaram ai. Eu não tinha conhecimento algum de cultura, expressões em gírias, nada que fizesse quem lesse sentir que a história se passava na China. "Você poderia ter pesquisado". De fato poderia, e ainda continuaria artificial. Não tendo pra onde correr levei a história para a terra do Tio Sam. Confesso que não via problema na época. Com mais conhecimento, hoje entendo que, primeiro, se você nunca viajou para os países que pretende retratar numa história, é melhor se abster de retratá-los na sua obra. Enfim, a decisão mais sensata foi a última que cogitei. Trazer a história para solo nacional. Apesar dessa solução, nos capítulos antigos de abertura do livro, a história se passava nos EUA, em um estado fictício.

    Na versão atual, a história começa no Brasil e leva os personagens para outras partes do mundo (Europa, de volta ao Brasil, África). Quanto aos personagens, apesar de serem brasileiros, seus nomes ainda carregam forte influência de fora. Alguns justificáveis e outros nem tanto. No geral sinto que a versão atual está em harmonia.


Livro


    Do livro em si muito a dizer. Publiquei no Clube de Autores em 2009, já com o nome atual. A capa foi feita em folha sulfite e escaneada. Trás o artefato, A Mão, ameaçando as nações do mundo, representadas por 7 bandeiras (EUA, Brasil, Japão, França, Alemanha, China, África do Sul). A ideia original seria colocar o planeta Terra, cheio de bandeiras de diferentes nações, sendo encoberta pela "Mão", mas por limitações da época, acabei descartando. O desenho foi pintado à mão, sem acabamento. Ruim, mas na época era tudo pra mim. Foi uma sensação boa ter um exemplar em mãos. Ler na internet, ou com programa no computador, é gostoso, mas nada supera a sensação de ler um livro físico, principalmente se for seu. Em minha defesa, como não conhecia serviço de capista, ou tinha condições de contratar um profissional, fiz na cara e coragem. Ainda naquele tempo botei meu nome Pedro J. Gomes (hoje simplifiquei e só coloco P.J.Gomes). 


A Mão que Governa as Nações


Personagens



    Raiden - Quem acompanhou Sangue Novo, deve ter notado a semelhança no nome com Raider, irmão de Rex. Isso porque ambos os projetos foram criados mais ou menos na mesma época (2002-2005) e acabei usando o nome, alterando o R por N. Alias o nome seria "Rhaider", mas preferi simplificar. O nome em si escolhi porque fica bom falando e de certa forma espelha o personagem. Pensei em outros nomes, Rafael, ou Azrael, mas não deu. O personagem tinha 16 anos, mas avancei a idade para 18 porque como ele precisaria viajar, teria que abandonar a escola e não ficaria legal. Quanto a aparência, é vagamente baseado em Cloud Strife, personagem da franquia de jogos Final Fantasy. Na primeira versão, era loiro de olhos azuis, e usava um tipo de armadura cinza, e andava com espada. A segunda versão dei cabelos acinzentados, e uma roupa preta (removi a armadura por não fazer muito sentido).
Raiden (2 versão)


    Leuco - Irmão de Raiden, foi outro que teve o nome alterado. O primeiro nome seria Raphael, mas queria um nome que salientasse uma característica natural dele. Mudei para Leuko, então simplifiquei para Leuco com C. Dele não fiz nenhum desenho, mas ele seria parecido com Raiden, exceto nos cabelos, que seriam curtos e cheios de pontas, estilo porco-espinho. 

   Miojo - Sim, é o mesmo nome daquele macarrão japonês instantâneo. Por um tempo achei legal, mas acabei mudando para algo que impusesse respeito (apesar que o significado do nome atual não faz menção a personalidade do personagem). Esse personagem sofreu poucas mudanças na parte de história, a mais expressiva é que como a história se passa no Brasil, a parte anterior dele viajando para os EUA e auxiliar colegas foi descartada.

    Bryan - Esse personagem não tem muito papel no 1 livro. Seu arco principal dá-se no 3. Ele aparenta ter uma relação próxima com "Miojo", e discorda veementemente da posição atual dele.

    Por hora é isso. Há mais personagens a serem apresentados, mas prefiro mostrá-los conforme a história for apresentada.